A coluna vertebral: doenças e tratamento
A coluna vertebral humana (também designada por espinha dorsal) é distinta da generalidade das outras espécies de vertebrados, pois permite ao ser humano ter uma postura ereta. É uma estrutura segmentada em 33 vértebras que estão sobrepostas formando uma coluna, daí o termo coluna vertebral. As vértebras são articuladas de maneira a que a coluna seja flexível e, entre cada par de vértebras adjacentes, que não são unidas, existe um disco intervertebral fibrocartilaginoso que confere rigidez e flexibilidade à coluna, sendo capaz de absorver os impactos ou aliviar o aumento de pressão.
A sua função principal é a de suportar o peso da maior parte do corpo e transmiti-lo através da articulação sacroilíaca para o quadril, dando mobilidade e equilíbrio ao corpo, ajudando-o a manter uma postura ereta. Outra função fundamental é a de proteção da medula espinhal, estrutura neurológica que se estende desde o cérebro até à região lombar, permitindo ao cérebro comunicar com o resto do corpo.
A coluna vertebral tem 5 regiões distintas: cervical, dorsal, lombar, sacral e coccígea. Cada uma destas regiões tem a sua própria curvatura natural, o que permite que a coluna possa distribuir o peso do corpo e absorver impactos com mais facilidade.
A fisiologia energética da coluna vertebral
Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, a coluna vertebral é vista como um prolongamento do cérebro, ou seja, como uma via que permite ao cérebro comunicar com o corpo, e por isso é parte do cérebro, que é designado por “mar das medulas”. Este termo simboliza a relação do cérebro e das diversas medulas do corpo com o Movimento Água e com o Rim, como um rio que nasce nas profundezas da terra (Rim) e desagua no mar (cérebro).
O Rim é o reservatório da energia vital do corpo (Essência-Jing) que é distribuída desde o Rim até aos diversos sistemas e estruturas através dos 8 Vasos Maravilhosos (ou Extraordinários), sendo um desses o Vaso Governador (Du Mai). Este canal energético é designado assim por “governar” os meridianos Yang, pois usa a coluna vertebral para subir ao cérebro, ligando-se a todos os canais energéticos Yang do corpo. É através deste canal energético que a coluna vertebral recebe a energia Jing do Rim que ajuda a manter a sua vitalidade.
Outro canal energético associado à coluna vertebral é o Meridiano da Bexiga (canal energético associado ao Rim e ao Movimento Água) que, iniciando-se na cabeça, percorre toda a zona posterior em duas linhas paralelas próximas à coluna vertebral, comunicando com esta em diversos pontos.
Por fim, do Meridiano do Rim partem vários ramos energéticos que se ligam ao Meridiano da Bexiga e ao Vaso Governador na região lombar, recebendo esta zona o Qi do Rim.
Nesta leitura da fisiológica energética do corpo humano, a saúde das vértebras e das articulações intervertebrais dependem assim do Rim de várias formas:
- sustenta a função da medula óssea que é essencial para a saúde das vértebras.
- através de líquidos e humores nutre as cartilagens e os discos fibrocartilaginosos, fazendo com que estes se mantenham íntegros.
Em resumo, a coluna vertebral está profundamente ligada ao Rim e a sua vitalidade depende da energia (Jing e Qi) e dos líquidos e humores que recebe deste órgão energético. Quanto melhor o Rim desempenhar a sua função mais saudável será a coluna vertebral, sofrendo menos desgaste pelo esforço ou pela idade e recuperando mais facilmente de uma situação traumática.
As patologias mais comuns da coluna vertebral
A maioria das doenças de coluna são provocadas pelo desgaste provocado pela idade ou por um uso incorreto desta estrutura, como por exemplo, quando se faz um esforço com demasiada carga ou da maneira errada. Mas também podem surgir patologias de coluna por doenças reumáticas, que resultam em inflamação, dor e desgaste prematuro desta estrutura.
As doenças mais comuns são:
- Hérnia discal, com ou sem inflamação do nervo ciático (“ciática”)
- Osteofitose
- Lombalgia
- Cervicalgia
- Artrose na coluna
- Osteoporose
- Espondiloartrite
- Estenose Lombar/Cervical
Existem outras condições da coluna que se devem ao desvio da coluna, perdendo esta o seu padrão linear, o que leva ao desgaste prematuro da coluna por questões mecânicas, resultando em dor e inflamação com o passar do tempo. Neste grupo incluem-se a Escoliose, a Lordose e a Cifose.
Como a nossa metodologia trata as diversas doenças da coluna vertebral
As doenças de coluna podem ser separadas em dois grandes grupos:
As crónicas, cujos sintomas normalmente são de natureza Yin, ou seja, não existem muitos sinais Yang. São doenças que podem já ter passado por uma fase aguda (com sintomatologia Yang) mas com o passar do tempo passaram a uma fase Yin, com menos sintomas Yang. Neste grupo incluem-se todas as patologias onde existem inflamação e dor subaguda ou crónica, tais como a osteoporose, a osteofitose, a espondiloartrite, as artroses, etc.
A generalidade das doenças da coluna vertebral são crónicas e resultam de desequilíbrios energéticos que acabam por se manifestar em doenças de coluna.
Umas derivam do vazio do Rim (tais como a osteoporose, as artroses, etc.) e outras derivam da combinação de fatores energéticos em que o Rim é quase sempre um dos principais protagonistas, manifestando-se em doenças reumáticas (espondiloartrite, etc.).
As agudas, cujos sinais são Yang, ou seja, em que a dor está na fase aguda e em que a inflamação provoca calor, vermelhidão, inchaço e perda de função. Neste grupo podem incluir-se as doenças crónicas, quando estão na fase aguda, mas principalmente destacam-se as lombalgias, as lombociatalgias e as cervicalgias.
O tratamento das doenças da coluna vertebral nos dois grupos de doenças é obrigatoriamente distinto para haver uma melhor resposta terapêutica.
Na fase aguda, o princípio terapêutico principal é dispersar o excesso de Yang fazendo circular o Qi e combatendo a estase de Sangue, para parar a inflamação e a dor. Para ajudar a recuperar a saúde da coluna é importante também tonificar o Rim (Rim Yin e Rim Yang) e incluir outros princípios terapêuticos complementares que sejam necessários para que a recuperação seja plena.
Na fase crónica, como a doença tem uma raiz profunda (Yin) então existe uma alteração/desgaste estrutural da coluna e os sintomas da doença são Yin quando comparados com a fase aguda (Yang). Neste caso, o princípio terapêutico principal é a tonificação do Rim para alimentar o melhor possível os tecidos e as estruturas com Jing, Qi, Sangue e Humores, e assim normalizar a vitalidade da coluna vertebral, muitas vezes regenerando as áreas atingidas, se possível. Secundariamente podem incluir-se outros princípios para complementar esta ação terapêutica, principalmente se houver na sua génese uma doença reumática.
Resumindo, a nossa metodologia baseada em acupuntura e fitoterapia, segundo o Método Pedro Choy, tem-se distinguido pela sua eficácia e persistência de resultados no tratamento das mais diversas patologias da coluna vertebral.
Ao atuar na raiz da doença, consegue-se melhorar o estado de saúde da coluna e, geralmente, o doente passa a ter crises mais ligeiras e menos frequentes ou chegam a vanescer. Dependendo da condição, os benefícios da acupuntura podem perdurar por um largo período de tempo.
Caso queira conhecer alguns testemunhos que atestam a eficácia do nosso método no tratamento da coluna siga as ligações que a seguir deixamos: