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Memória Fraca

CASO CLÍNICO

Memória fraca

Motivo de Consulta: Memória fraca

Clínica: Lisboa - João XXI

Situação Clínica Inicial:

Desde há 4 anos que Mário Sampaio andava a apresentar sinais de ter a memória fraca, frequentemente esquecendo-se de fatos recentes, segundo as suas palavras: “qualquer coisa, esquecia-me”. 

Foi acompanhado por um neurologista, mas os exames neurológicos nada detetaram, o que por um lado era bom, mas por outro lado deixava o Mário insatisfeito, pois não encontrava explicação e ajuda para o seu caso (daí vir às nossas clínicas), especialmente porque dormia bem, tendo um sono reparador, o que é geralmente é benéfico para a memória, mas que neste caso se revelava insuficiente para sustentar a saúde cognitiva. 

Este paciente apresentava um comprometimento da memória leve, que podia ser atribuído à idade, chamada de “perda de memória associada à idade”. Este tipo de distúrbio apresenta alguns sinais semelhantes aos do início do Alzheimer, mas não deve ser confundido com esta doença.

Neste tipo de perturbação, a pessoa normalmente tem dificuldade em lembrar-se de coisas novas, como o nome de alguém, usar um novo telemóvel ou aprender a utilizar um programa de computador, tarefas que se tornam árduas e que levam mais tempo, só possíveis com a repetição da lembrança, para que a memória retenha a informação. Além disso, mesmo a memória de coisas simples é afetada, como por exemplo, com quem esteve o dia anterior, o que comeu umas horas antes, etc. Embora a memória esteja comprometida, a capacidade de executar as atividades diárias ou de pensar não está. 

Além do que já foi exposto, Mário também sofria de diabetes e de hipertensão, para as quais estava medicado, e estava sempre com pensamentos fixos, sofrendo de ruminação de ideias.  

 

Tratamento

O tratamento implementado baseou-se num ciclo de sessões de acupuntura bissemanais, a serem realizadas durante 9 semanas, acompanhadas pela toma de duas fórmulas de fitoterapia chinesa, cujo intuito era reforçar o efeito energético da acupuntura e garantir que a terapêutica produzisse efeitos consistentes e profundos. 

Na altura da consulta inicial, que serviu para conhecer o quadro clínico e energético deste doente, determinou-se que a memória fraca era resultado de:
- Deficiência da energia do Rim, em conjunto com a energia Jing (energia vital), o que estava a causar um enfraquecimento da vitalidade das medulas do cérebro, refletindo-se na memória.
- Deficiência da energia do Baço-Pâncreas, que, além de exacerbar a deficiência da energia do Rim, também perturbava a qualidade dos pensamentos e a atividade mental.

Deste modo, a terapêutica implementada teve o intuito de fortalecer a vitalidade das medulas e harmonizar o Shen, para dar equilíbrio mental. Para isso, o tratamento seguiu os seguintes princípios energéticos:
- Tonificar a energia do Rim;
- Tonificar a energia do Baço-Pâncreas;
- Harmonizar o Fígado;
- Harmonizar o Shen.

Resultados:

Os resultados obtidos ao longo do tratamento foram graduais, o que é o padrão para este tipo de caso clínico.
Inicialmente, ao fim de um mês de tratamento, o doente já apresentava ligeiras melhorias (cerca de 20%) ao nível da memória e da energia geral. A dois terços do tratamento, Mário relatou estar 50% melhor, situação que continuou a evoluir ao longo das restantes semanas. No término do tratamento, Mário encontrava-se praticamente bem ao nível das suas capacidades cognitivas:
- A memória voltou, não havendo lapsos e esquecimentos;

- Os pensamentos eram mais claros, sem a ruminação de ideias;

- A energia geral estava melhor, com Mário a conseguir levar uma vida mais ativa.

Assim, estando Mário praticamente bem, o tratamento foi considerado concluído, com a ressalva de que, no futuro, com o passar dos anos, ele poderá voltar a experienciar os mesmos sintomas (o que é normal). Nessa altura, um novo ciclo de tratamento permitirá restabelecer o seu bem-estar, assim como a sua saúde mental e física.

 

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