Psoríase palmoplantar

Motivo de Consulta: Psoríase palmoplantar

Clínica: Lisboa - João XXI

Situação Clínica Inicial:

A acupuntura e a medicina chinesa são terapêuticas reconhecidas na área dermatológica, especialmente no tratamento da psoríase, motivo pelo qual é frequente atendermos pacientes com esse tipo de patologia.

Recentemente, Susana Guerreiro veio à nossa clínica da João XXI, padecendo de psoríase palmoplantar há mais de um ano. Em boa hora o fez!

Susana nunca havia tido manifestações dermatológicas importantes, até que, em setembro de 2023, lhe apareceu esta doença de pele, manifestando-se principalmente à direita, na mão e no pé.

A sua reação inicial foi procurar um dermatologista, que lhe receitou medicação, mas esta não surtiu efeito. As únicas melhorias que chegou a ter ocorreram após banhos de mar, mas foram temporárias.

Algumas informações sobre a psoríase

A psoríase é uma doença de pele que pode surgir em qualquer fase da vida, podendo, em alguns casos, tornar-se crónica. Embora benigna, a psoríase causa desconforto físico (prurido, sensação de queimadura e rachaduras na pele que levam ao sangramento) e mental (devido ao caráter inestético), o que frequentemente exige o uso de medicamentos para controlar a doença.

Esta doença dermatológica pode manifestar-se em diversos locais, como o couro cabeludo, cotovelos, joelhos, costas, nádegas, sobrancelhas, axilas, umbigo, entre outros.

No caso específico de Susana, a psoríase limitava-se à zona palmar e à planta dos pés, sendo, por isso, designada como psoríase palmoplantar, uma variante incomum da doença. Essa condição pode causar dor e sangramento, em particular nos pés, dificuldade em pegar objetos, calçar sapatos ou mesmo caminhar. No caso de Susana, o maior incómodo eram as gretas abertas no calcâneo do pé direito, que, além de causar dor, também sangravam pontualmente.

Além da psoríase palmoplantar, Susana sofria também de rinite alérgica, que surgiu aproximadamente na mesma altura, há cerca de um ano. Os sintomas eram principalmente a congestão nasal e a comichão no nariz, que pioravam em momentos de maior ansiedade, chegando a prejudicar o sono.

Tratamento

No caso de Susana, optou-se por um tratamento focado tanto na psoríase quanto na rinite alérgica, uma vez que ambas compartilhavam uma raiz energética comum: alterações na energia do Fígado que afetavam o Pulmão (lembramos que a pele e o nariz são elementos “governados” pelo Pulmão).

Assim, para tratar adequadamente o quadro clínico de Susana, aplicou-se o princípio terapêutico de “harmonizar o Fígado” para que este deixe de perturbar o Pulmão.

Na consulta inicial, foi prescrito um ciclo de tratamentos de acupuntura a serem realizados duas vezes por semana, durante um mês e meio. Após este período, irá ter um segundo ciclo de tratamentos, cuja duração e ritmo serão ajustado de acordo com os resultados obtidos até então.

Além da acupuntura, foram receitadas duas fórmulas de fitoterapia chinesa, uma para cada doença tratada. O objetivo era potencializar e complementar os efeitos terapêuticos da acupuntura, o que geralmente proporciona resultados ainda mais consistentes e duradouros.

Resultados:

Como em qualquer doença crónica, o tratamento da psoríase tende a ser demorado. No caso de Susana, o desequilíbrio energético que estava na génese de ambas as patologias era profundo, o que, muitas vezes, pode retardar os resultados. Contudo, os benefícios da terapêutica implementada começaram a surgir logo após a terceira semana de tratamento, evoluindo rapidamente a partir dessa altura.

No final do ciclo terapêutico inicial, após a décima segunda sessão de acupuntura, constatou-se que Susana estava cerca de oitenta por cento melhor em relação ao seu estado de saúde inicial, tanto da psoríase como da rinite alérgica, um excelente resultado para tão pouco tempo de tratamento.

Com o término do primeiro ciclo terapêutico, a paciente iniciará um segundo ciclo, que se espera vir a trazer o mesmo tipo de resultados positivos na saúde de Susana, havendo boas possibilidades de remissão das duas doenças.

A seguir encontram-se algumas imagens da psoríase de Susana, mostrando o antes e o depois deste primeiro ciclo terapêutico.

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